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Milk News 28 de setembro, 2022.
Milk News 28 de setembro, 2022
1. Vale a pena aproveitar para corte os machos em rebanhos de leite?
Os bezerros machos de origem de rebanho de leite são considerados como um problema na grande maioria das propriedades brasileiras. Normalmente são descartados ou sacrificados após o nascimento. Essa situação se contrasta com a realidade mundial que busca uma saída nesses animais para ampliar a oferta de carne, agregar renda à atividade leiteira e atender exigências legais sobre bem-estar animal.
O número de vacas da raça Holandesa e seus cruzamentos é expressivo no Brasil. Segundo o IBGE foram ordenhadas 16,1 milhões de vacas em 2020. Considerando-se que 50% de suas crias são machos, com taxa de sobrevivência de 90%, estima-se que aproximadamente 7,2 milhões de bezerros de origem leiteira estariam disponíveis para a produção de carne durante o ano. Assumindo que esses seriam abatidos com 450 kg (15 arrobas), estima-se uma produção anual de 108 milhões de arrobas que seriam agregadas à produção, a partir de um programa de aproveitamento de machos de origem leiteira. Considerando o preço da arroba de R$ 320,00 a R$345,00, dependendo da região, hipoteticamente, o volume anual de capital gerado seria de R$ 34,5 a R$ 37,2 bilhões.
Com o aproveitamento dos bezerros de origem leiteira, a abertura de novas áreas para produção de carne bovina poderia ser diminuída. Como a produtividade média da pecuária de corte no Brasil de 2013 a 2017 foi de 5,57 arrobas por hectare/ano, se forem aproveitados todos os machos de origem leiteira teríamos a produção de carne equivalente ao que se produz,
aproximadamente, em 30 milhões de hectares. Além disso, com o aproveitamento dos machos de origem leiteira, haveria ainda efeito mitigador na emissão de metano, decorrente da menor demanda de vacas de corte para produção de bezerros.
Estima-se que para a geração de 7,2 milhões de bezerros, seriam necessárias em torno de 10,8 milhões de vacas de corte. Assumindo-se que uma vaca produza anualmente de 70 a 100 kg de metano, dependendo da idade, quantidade e qualidade do alimento, raça, manejo, clima, entre outros, estima-se redução na emissão do gás de efeito estufa de 864 mil toneladas por ano.
Nos Estados Unidos e Canadá, assim como na maioria dos países europeus, praticamente 100% dos machos provenientes de rebanhos leiteiros são criados adotando a tecnologia de produção de vitelos para carne. Parte das fêmeas da raça Holandesa são acasaladas com reprodutores da raça Angus ou outros “Beef on dairy” sendo alimentados com dietas praticamente a base de grãos (90%). Normalmente utilizam sucedâneos de leite até aos 60 dias, depois um modelo de alimentação denominado V/C:10/90, volumoso (10%), utilizando palhadas ou fenos, dependendo da fase de crescimento e grãos (90%), para ganhos próximos ou superiores a 1,5 kg/dia, até atingirem 20 a 22 arrobas.
Como a pecuária leiteira demanda oferta de bezerros ao longo do ano, esse problema seria resolvido, com significativa redução da estacionalidade de produção. Ter oferta frequente de animais precoces com carne de qualidade é o grande gargalo nacional para consolidar mercados externos exigentes. No entanto, o maior custo de produção de carne via aproveitamento de machos de origem leiteira com base em dietas à base de grãos, apresenta-se
como fator limitante para sua expansão e consolidação como tecnologia de aplicação prática e imediata no Brasil. Desta forma, há que se avaliar, além do aspecto ambiental, o aspecto econômico para a produção de carne a partir de machos de rebanhos de leite.
Outro ponto relevante e decisivo para reter os machos leiteiros na propriedade, além da viabilidade econômica, é a aceitação do mercado consumidor nacional. Por isso é imperativo que essas questões sejam esclarecidas para que a técnica possa ser melhor difundida entre os nossos produtores rurais e conscientizar os frigoríficos que o rendimento de carcaça é tão eficiente quanto os machos especializados de corte, com garantia de qualidade da carcaça.
Fonte original: Vale a pena aproveitar para corte os machos em rebanhos de leite?, de Duarte Vilela e Rui da Silva Verneque 06 de Maio de 2022.
Adaptado por: Lucas Carnio de Siqueira Branco: Graduando em Medicina Veterinária, Estagiário do Departamento de Serviços CRV.
2. Cursos CRV e CTA Bravo
Com a tradição e experiência da CRV Brazil em parceria como o CTA Bravo, trazemos a vocês a agenda de cursos do segundo semestre de 2022.
Nos links abaixo encontram-se as descrições de cada curso e o link para inscrição:
➡️Inseminação artificial: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-insemina%C3%A7%C3%A3o-artificial
➡️ Melhoramento genético: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-melhoramento-gen%C3%A9tico
➡️ Nutrição em bovinos de corte: https://crv4all.com.br/pt/service/nutricao-bovinos-corte
➡️ Intensivão - IA + IATF + US: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-intensivo-reproducao
➡️ Ultrassom: https://crv4all.com.br/pt/service/ultrassonografia-reprodutiva
➡️ Manejo de pastagem: https://crv4all.com.br/pt/service/manejo-de-pastagem
O local tem instalações incríveis e profissionais altamente capacitados que proporcionam um treinamento de excelência para você nosso cliente e suas equipes.
No valor de cada curso estão inclusos: Material didático, material para prática, certificado, almoços e translado do Centro de Salto de Pirapora até o CTA Bravo.
3. Touros Bateria CRV
A CRV busca cada vez mais garantir a melhor genética ao pecuarista, por isso, procura sempre por novidades para sua bateria de reprodutores. Na edição desta semana, o destaque de touros fica por conta dos reprodutores, EXTREMO DA CEFAS, BRAHMINE DA AGROCOPA, DELTA RANGER e DELTA VINEYARD que você confere a seguir:
EXTREMO DA CEFAS
Touro de linhagem SUPRA SUMO DE BRAS. X C.A. SANSÃO, EXTREMO é um touro de família consistente para produção de leite, levando a um aumento na produção de leite. Pedigree aberto.
BRAHMINE DA AGROCOPA
Touro de linhagem MARAVILHA AZ URUTU x NOBRE TE DA CAL. Brahmine é um touro provado com PTA leite 469 kg. Passa aumento na
produção de leite e expectativa de lactação das filhas superior a 16% acima da média.
DOUBLE W RANGER
Touro de linhagem REFLECTOR X SNOWFEVER, Ranger é um touro recomendado para sistemas semi-intensivos.Trará ao rebanho saúde, redução de CCS, adaptabilidade, excelente conformação, úbere, força pernas e pés. Pai de touros como Woody e Wirdum. Touro mais usado na Holanda de 2017 a 2020.
DELTA VINEYARD
Touro de linhagem MAGISTER X HERO, Vineyard é recomendado para sistemas intensivos. Touro que transmite à progênie elevada produção de leite, saúde, fertilidade, redução de CCS, úbere saudável, fácil manejo, facilidade de parto e persistência.
AGENDA:
24/10 a 27/10 Curso IA
26/11 e 27/11 Curso Melhoramento
28/11 a 01/12 Curso IA
03/12 e 04/12 Curso Nutrição
05/12 a 09/12 Curso Intensivo de Reprodução
12/12 a 14/12 Curso de Ultrassonografia
15/12 a 17/12 Curso de Manejo de Pastagem
19/12 a 22/12 Curso de IA