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Vet News 14 de Novembro, 2022
Vet News 14 de Novembro, 2022
1.0 Na COP 27, Brasil debate o papel da pecuária sustentável do país para a manutenção da segurança alimentar global
Segundo projeções das Nações Unidas, o mundo atingirá, nesta semana, a marca de 8 bilhões de habitantes. Garantir a segurança alimentar global de forma sustentável é um dos temas centrais da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 27, realizada em Sharm El-Sheik, no Egito.
Na semana passada, a importância do agronegócio brasileiro dominou os painéis realizados no estande do Brasil na COP 27. E, desta vez, não apenas o potencial do país na agricultura, mas sua força na pecuária sustentável foi debatida pelos especialistas.
O painel Pecuária Sustentável reuniu, como palestrantes, a diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fabiana Alves; o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Caio Penido; a diretora de sustentabilidade da empresa líder no mercado de carnes no Brasil, Liège Correia; e o produtor rural e presidente da Liga do Araguaia, Braz Neto.
“O painel serviu para mostrar que não existe uma só iniciativa. São várias políticas públicas que se complementam. Temos na agropecuária o Plano ABC, que agora é o ABC+, trazendo novas metas, novos desafios, e isso tudo está muito ligado ao que está sendo discutido aqui na COP 27, que é adaptação e mitigação”, afirma Fabiana Alves, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Criado com a finalidade de organizar e planejar ações para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, o Plano Setorial de
Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC) tem como objetivo contribuir para que o Brasil possa atingir compromissos internacionais relativos ao desenvolvimento sustentável e ao combate à mudança do clima, assim como a redução de emissões de gases de efeito estufa no setor agrícola.
A pecuária brasileira é superlativa em todos os sentidos. Única atividade presente em todos os 5.700 municípios brasileiros, o país conta hoje com 169,4 milhões de cabeças de gado em seu rebanho e tem uma produção anual de 9,7 milhões de toneladas de carne bovina, das quais 7,2 milhões são destinadas ao mercado interno e 2,4 milhões para a exportação, o que faz do país o maior exportador do mundo. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), entidade que reúne 39 empresas do setor no país, responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais.
Além disso, o Brasil é líder na exportação mundial de carne de frango desde 2004 e detém, hoje, 35% desse mercado. Só no ano passado, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango. Deste total, 32% foram exportados para mais de 150 nações, gerando uma receita de US$ 7,6 bilhões. De janeiro a julho deste ano, mais de 2,8 milhões de toneladas de carne de frango já foram exportadas e US$ 5,6 bilhões gerados em receita, número 33,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Na carne suína, as exportações brasileiras, considerando todos os produtos, entre in natura e processados, totalizaram 116,3 mil toneladas em agosto, maior volume já exportado pela suinocultura brasileira em um único mês em toda a história, gerando uma receita de US$ 269
milhões apenas no oitavo mês deste ano, segundo Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“Como foi colocado no painel pelos representantes dos vários setores, dos produtores, do intergovernamental e da indústria, o Brasil talvez seja o único país do mundo que consegue trazer essas questões de sustentabilidade sem perder eficiência na produção. Nós conseguimos produzir uma carne como o mundo está querendo, conservando a nossa biodiversidade. Temos 66% do nosso território conservado e 50% disso está dentro das propriedades rurais. Isso mostra que a gente consegue produzir e conservar”, conclui Fabiana Alves, diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso de tecnologias na pecuária brasileira proporcionou, além da modernização do setor, um incremento da produção e da produtividade em bases sustentáveis.
Nos últimos 40 anos, a produção de carne de aves aumentou 22 vezes. A de carne bovina, suína e leite cresceu quatro vezes. Pesquisas em genética, avanços no controle de pragas e doenças e melhoria das pastagens aumentaram de 11% para 22% a média de desfrute dos rebanhos bovinos de corte.
No estande do Brasil na COP 27 teve, ainda, painéis sobre segurança alimentar e segurança climática; ciência, tecnologia e inovação para sustentabilidade; mercado de carbono e ativos ambientais e políticas públicas para a promoção e adaptação nos trópicos.
Além disso, o Brasil tem promovido diversos painéis em que são discutidos temas relevantes da pauta do país para a COP 27, como a geração de energia limpa, o mercado de carbono e a força da agricultura sustentável no país, entre outros.
Matéria completa em:
Leia mais:
https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/pdf/Folder-COP-27-ajustado.pdf
2. Novidades CRV
A CRV busca cada vez mais garantir a melhor genética ao pecuarista, por isso, procura sempre por novidades para sua bateria de reprodutores. Na edição desta semana, o destaque de touros disponibilizados no IFert fica por conta dos reprodutores, TRIBUTO FIV DA SN, AVIADOR PEÇA RARA e DESTEMIDO FIV OB que você confere a seguir:
TRIBUTO FIV DA SN
Touro de linhagem MN, TORIXOREU e DS, Tributo é indicado para sistemas semi-extensivos. É filho de Campeão da MN, em fêmea super precoce de REM Dheef com Arquipélago da Tradição. Touro que traz ganho de peso, aliado as características de carcaça, portanto encurtamento de ciclo com incremento na terminação dos animais. Pensando em reposição de plantel, Tributo SN incrementará fertilidade, precocidade e longevidade nas suas filhas, excelente opção.
AVIADOR PEÇA RARA
Touro de linhagem COL, Aviador é indicado para sistemas semi-extensivos. É simplesmente o melhor touro já produzido pela Peça Rara Agropecuária, filho de Honker da PEÇA RARA em vaca Ganges COL. Touro com uma prova muito equilibrada, indicado para quem deseja produzir animais pesados de alto desempenho. Aliado ao alto desempenho, Aviador da Peça Rara incrementará a sua progênie alto rendimento de carcaça.
DESTEMIDO FIV OB
Touro de linhagem IZ, MN E OB, Destemido é indicado para sistemas semi-intensivos. Fruto do longo trabalho de seleção da marca OB, Destemido FIV OB é filho de REM USP em vaca Resinado OB com Dalamu OB. Excelente opção para quem busca bezerros pesados a desmama e garrotes e novilhas de alto desempenho no sobreano. Destemido OB apresenta uma carcaça muito volumosa e com biotipo precoce e muito bem revestido de musculatura.
3. Conteúdo Técnico
Função espermática e estado oxidativo: Efeito sobre a fertilidade em touros Bos taurus e Bos indicus quando o sêmen é usado para inseminação artificial em tempo fixo
O uso de biotécnicas reprodutivas é cada vez mais importante nas empresas de produção de carne bovina para melhorar a eficiência da produção. Dentre essas biotecnologias, a inseminação artificial (IA) e a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) apresentam inúmeras vantagens, pois com o uso das técnicas há oportunidades de maior eficiência nos programas de reprodução e aproveitamento mais efetivo de animais com maior mérito genético.
A eficácia dessas biotécnicas reprodutivas, no entanto, é afetada pelo “efeito touro”. Um touro subfértil, utilizado para monta natural, IA e IATF, tem maior efeito do que a subfertilidade da fêmea, estando associado a uma menor porcentagem de prenhez da vaca. Além disso, a subfertilidade do touro pode levar a mais dias até o momento da concepção, menor peso dos bezerros ao desmame, e, consequentemente, produtividade do rebanho nitidamente menor.
A subfertilidade do touro pode ser afetada por diferentes fatores, como manejo, estresse, genética e suscetibilidade ao processo de criopreservação de sêmen. A origem genética de um touro é um aspecto importante que pode ter efeitos sobre o estado de fertilidade. Touros Bos taurus podem proporcionar precocidade sexual, maior ganho de peso e qualidades de acabamento de carcaça. Os touros Bos indicus, porém, são adaptados ao clima tropical e, consequentemente, têm maior resistência ao calor e a endo e ectoparasitas. O uso de cruzamentos de indivíduos dessas subespécies é desejável e amplamente utilizado para melhorar o melhoramento genético e a eficiência produtiva da progênie. Esses ganhos genéticos, no entanto, podem ser afetados negativamente pela qualidade abaixo do ideal do esperma e pela fertilidade dos touros Bos taurus devido à sua maior suscetibilidade ao estresse térmico. Também existem touros com boa qualidade espermática após a coleta de sêmen, mas, quando submetidos à criopreservação do sêmen, há uma perda acentuada na qualidade espermática e na fertilidade. A criopreservação do sêmen é essencial para a logística e utilização da IA e IATF, portanto, são necessários mais estudos para aprimorar o processo, principalmente levando em consideração o esperma estado funcional.
Por muitos anos, as avaliações da qualidade espermática foram focadas apenas na análise convencional, que consiste em avaliações de motilidade, vigor, concentração e morfologia espermática. Essa abordagem ainda é importante devido à praticidade, permitindo a identificação de amostras de esperma de menor qualidade. Os espermatozóides, no entanto, são tipos de células altamente especializadas com características específicas que são essenciais para a fertilização do oócito. As técnicas de análise convencionais, portanto, não são suficientes para prever a capacidade de fertilização de uma amostra específica de esperma.
A fertilidade é multifatorial, por isso é necessário o uso de técnicas mais eficazes para estimá-la. Atualmente, técnicas mais avançadas podem ser utilizadas para avaliação da qualidade espermática, como a Computer-Assisted Sperm Analysis (CASA), sondas fluorescentes associadas à citometria de fluxo, bem como técnicas bioquímicas desenvolvidas para analisar características específicas do esperma. Estas técnicas permitem uma análise mais aprofundada da integridade e funcionalidade estrutural celular.
A fertilidade depende da integridade e função de todas as estruturas espermáticas. A avaliação isolada dos atributos espermáticos ainda não pode ser utilizada para estimar a capacidade de fertilização de um touro. A utilização de diferentes técnicas aplicadas para a análise das diferentes funções espermáticas, com a associação, interação e correlação entre esses valores, pode permitir o desenvolvimento de métodos mais precisos para a identificação de touros com maior fertilidade espermática.
No estudo de Leite et al. (2022), o objetivo foi combinar as tecnologias de análise espermática convencional e funcional para avaliar várias características de amostras de esperma de touros Bos taurus e Bos indicus com diferentes taxas de fertilidade quando o sêmen foi usado para IATF.
O estudo foi delineado em arranjo fatorial 2×2, sendo um fator raça (Angus x Nelore) e outro fertilidade (maior x menor). Grupos de maior fertilidade foram compostos por 10 touros Angus e 11 touros Nelore, enquanto grupos de baixa fertilidade foram compostos por 10 touros Angus e 7 touros Nelore. O sêmen foi analisado, em quatro partidas distintas por touro, para morfologia, cinética, integridade de plasma membrana acrossomal, atividade mitocondriana e e potencial de membrana mitocondrial, integridade do DNA e estado oxidativo.
Os autores identificaram que não houve diferença nas características comumente usadas na análise convencional da qualidade do esperma. Os resultados da análise funcional indicaram uma importante associação entre disfunções mitocondriais, estresse oxidativo e danos às estruturas espermáticas em touros de menor fertilidade. Touros de maior fertilidade apresentaram maior qualidade espermática e indicadores de estruturas celulares funcionais. Em conclusão, as associações, quando houve avaliações usando diferentes técnicas, indicam a importância da avaliação e correlação entre diferentes funções espermáticas para entender os efeitos de diferentes parâmetros na capacidade de fertilização espermática.
Fonte original: Sperm function and oxidative status: Effect on fertility in Bos taurus and Bos indicus bulls when semen is used for fixed-time artificial insemination. Leite et al., 2022. Completo em: https://doi.org/10.1016/j.anireprosci.2022.106922
Adaptado por: Juliana Portes, Analista Técnica do Departamento de Serviços CRV.
4. Cursos CRV e CTA Bravo
Com a tradição e experiência da CRV Brazil em parceria como o CTA Bravo, trazemos a vocês a agenda de cursos do segundo semestre de 2022. Nos links abaixo encontram-se as descrições de cada curso e o link para inscrição:
➡️Inseminação artificial: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-insemina%C3%A7%C3%A3o-artificial
➡️ Melhoramento genético: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-melhoramento-gen%C3%A9tico
➡️ Nutrição em bovinos de corte: https://crv4all.com.br/pt/service/nutricao-bovinos-corte
➡️ Intensivão - IA + IATF + US: https://crv4all.com.br/pt/service/curso-intensivo-reproducao
➡️ Ultrassom: https://crv4all.com.br/pt/service/ultrassonografia-reprodutiva
➡️ Manejo de pastagem: https://crv4all.com.br/pt/service/manejo-de-pastagem
O local tem instalações incríveis e profissionais altamente capacitados que proporcionam um treinamento de excelência para você nosso cliente e suas equipes.
No valor de cada curso estão inclusos: Material didático, material para prática, certificado, almoços e translado do Centro de Salto de Pirapora até o CTA Bravo.
AGENDA:
26/11 e 27/11 Curso Melhoramento
28/11 a 01/12 Curso IA
03/12 e 04/12 Curso Nutrição
05/12 a 09/12 Curso Intensivo de Reprodução
12/12 a 14/12 Curso de Ultrassonografia
15/12 a 17/12 Curso de Manejo de Pastagem
19/12 a 22/12 Curso de IA