Meu carrinho de compras
Carrinho Vazio
Rastrear minha compra
02/08/2022

Vet News 1 de agosto, 2022

Vet News 1 de agosto, 2022

 

1. Só sobra boi porque brasileiro come pouca carne e exportação não influencia nos preços

Apesar da expressiva participação externa na pecuária de corte brasileira, em avanço sobre 2021, ainda que com pequena piora mês contra mês desde março último, está bastante evidenciada a força carregada pelo consumo interno na precificação do boi.

A população come menos carne bovina, os negócios mais fluídos com dianteiros (mais baratos) não injetam dinheiro na cadeia, o atacado corta preços (R$ 19 a R$ 19,50 o kg) e a matéria-prima voltou a sobrar.

 Os frigoríficos alongaram as escalas novamente, já batendo final de julho, porque o boi não vendido oferece folga. O volume de animal pronto, em junho, já se percebia menor com o avanço da entressafra, mas o consumo bambeou feio novamente. Na semana passada, Money Times registrou que no Norte de São Paulo, praça formadora de preços no estado, negócios só para quem aceitava R$ 290 a @ para boi comum, de mercado interno.  Acima de R$ 310 só boi China.

Na média, no comércio com esses dois tipos, sim, acaba dando a referência na casa dos R$ 300 a R$ 305. A Scot Consultoria está mais próxima, tendo levantado R$ 308 ontem em São Paulo.  Mas ainda tem análises mostrando que não. Que boi com essa premiação está em R$ 320 e o comum nos R$ 310, o que elevaria a média, ou até muito mais que esses dois tetos, como o Cepea da quarta que marcou acima de R$ 330, em valorização de 1,74%. Cada um com sua metodologia.

Na B3 (B3SA3) parece que não cola essas projeções maiores. A realidade lá é a realidade do mercado físico. E o futuro de setembro está em queda novamente agora, seguindo os passos dos últimos dias.


Matéria completa em:

https://www.moneytimes.com.br/so-sobra-boi-porque-brasileiro-come-pouca-carne-e-exportacao-nao-influencia-nos-precos/

 

2. Novidades CRV

A CRV busca cada vez mais garantir a melhor genética ao pecuarista, por isso, procura sempre por novidades para sua bateria de reprodutores. Na edição desta semana, o destaque de touros disponibilizados no IFert fica por conta dos reprodutores, SUPERIOR, CRASSO e SX PRESIDENTE que você confere a seguir:

 

SUPERIOR

 Touro de linhagem brasileira, Superior é indicado para sistemas semi-intensivos. É indicado para novilhas por apresentar PN negativo. É um touro de pigmentação firme, pelo curto, umbigo corrigido e excelente nota racial. Imprime muito ganho de peso e conformação até a desmama (TOP 2%). Encurta a recria com excelente ganho de peso no pós desmama (TOP 1%). Ideal para projetos de tricross que buscam bezerros pesados na desmama.

 

CRASSO

Touro de linhagem Americana e Argentina, Crasso é indicado para sistemas semi-intensivos. Classificado com Elite Bronze na PAD Brangus 2021, realizado pela Embrapa/Geneplus Campo Grande. Destaque na prova para CAR, o que 

confere grande eficiencia alimentar. Indicado para produzir bezerros pesados na desmama (TOP 1% PD) e carcaças pesadas no abate (TOP 1% PS). Touro de racial muito correto, umbigo corrigido, homozigoto preto e pelo curto.

 

SX PRESIDENTE

Touro de linhagem Brasileira, SX Presidente é indicado para sistemas semi-intensivos. Classificado Elite na prova Top Brangus da UFGRS 2021, destaque para AOL, CAR e Ganho de Peso. Touro que transmite muita capacidade de ganho de peso na desmama e sobreano. Encurta a recria, acelerando o ganho de peso no pós desmama. Indicado para fazer tricross com carcaças pesadas no abate.

 

3. Conteúdo Técnico

Restrição alimentar na fase final da gestação diminui a diversidade da microbiota placentária

A restrição de alimentação (RA) na fase final da gestação afeta tanto humanos quanto ruminantes, contudo, ainda é desconhecido se a dificuldade que a mãe passa leva a alterações na microbiota do trato gastrointestinal e a colonização do trato do feto.

Há uma tendência de os ruminantes passarem por tempos de RA durante a fase final da gestação, quando tanto o crescimento fetal, quanto o tecido adiposo abdominal, imprimem pressão sobre o rúmen competindo por espaço na cavidade abdominal.

Há relatos de que a capacidade ruminal é reduzida em 5% aos 61 dias pré-parto contudo a ingestão de matéria seca reduz a 69%, tais dados indicam que, potencialmente, a ingestão de matéria seca e água são as mais afetadas em quadros de restrição de preenchimento intestinal, embora o volume de líquido ruminal e sua cinética não se alterem.

Momentos em que os animais enfrentam RA, normalmente ocorrem nos meses mais secos do ano, em que a disponibilidade e qualidade de alimento é menor, e quando este momento se dá junto ao período final da gestação, temos além de uma menor disponibilidade e qualidade alimentar, a maior fase de demanda nutricional e energética da gestação. Estas alterações na ingestão alimentar materna nesta fase específica 

gestacional podem resultar em uma menor taxa de crescimento e carcaça de menor aproveitamento da prole, podendo ainda diminuir a taxa de crescimento de bezerros mesmo que nascidos com o mesmo peso.

Foi relatado que o rúmen de bovinos de corte que experienciaram restrição alimentar, tiveram a um aumento na população de Archeal spp.  e uma redução na população de Succinivibrio, gênero tipicamente responsável pela redução da emissão de metano e uma melhor eficiência alimentar. Outro experimento, em ovelhas submetidas à RA no pós-parto, apresentou aumento na população de Prevotella spp. no íleo que potencialmente leva a inflamação e disbiose.

Portanto, o estudo conduzido por Hummel et al. 2021 visou caracterizar a eficiência e a composição da microbiota placentária bovina após um período de RA, comparando com vacas controle, que não passam por período de RA, uma vez que há sugestões de que a microbiota vaginal contribui para a formação da microbiota placentária e para a formação do trato gastrointestinal do feto.

Três meses antes da data prevista do parto, 60 animais foram divididos em 2 grupos considerando idade, peso e escore de condição corporal. O grupo controle continuou a receber sua dieta conforme previamente oferecido, enquanto o segundo recebeu 70% da quantidade que recebia anteriormente. Houve também uma divisão em grupos quanto à oferta de suplementação mineral, sendo um mês antes da data prevista do parto, o recebimento ad libtum de suplementação. Sendo assim, formou-se 4 grupos para comparação, RA com suplementação mineral, RA sem suplementação mineral, dieta controle com suplementação mineral e controle sem suplementação.

O estudo concluiu que a nutrição materna adequada melhora tanto a eficiência placentária, quanto a diversidade de microbiota. A suplementação mineral aparentemente não causa alterações na microbiota placentária quando as fêmeas passam por RA, contudo, quando associada à uma ingesta alimentar apropriada, eleva a eficiência placentária. Portanto é vantajoso a implementação de estratégias que elevem a eficiência placentária, que não somente contribua para uma melhor performance da prole na vida futura, como também auxilie em promover um microbioma placentário mais rico.

A relação entre o microbioma cotiledonário e o gastroentérico do feto, sofreu interferência pelo ambiente materno, potencialmente devido à responsabilidade dos cotilédones em suprir nutrientes e potenciais organismos para o ambiente fetal. O artigo ainda conclui que existe uma potencial comunicação entre os microbiomas fetais e placentários, mesmo no terço final da gestação bovina.

 

Fonte original: Hummel G, Woodruff K, Austin K, Knuth R, Lake S, Cunningham-Hollinger H. Late Gestation Maternal Feed Restriction Decreases Microbial Diversity of the Placenta While Mineral Supplementation Improves Richness of the Fetal Gut Microbiome in Cattle. Animals (Basel). 2021 Jul 27;11(8):2219. doi: 10.3390/ani11082219. PMID: 34438676; PMCID: PMC8388467.

Traduzido e adaptado por: Lucas Carnio de Siqueira Branco - Graduando em Medicina Veterinária - Estagiário do Departamento de Serviços CRV.

 

AGENDA:

20/08 a 28/08 – Expogenética

29/08 a 01/09 – Curso IA – CTA Bravo

27/08 a 04/09 - Expointer