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Vet News 13 de Junho, 2022
Vet News 13 de Junho, 2022
- Preço do bezerro cai 25,2% no Brasil em um ano
De acordo com a análise de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), os preços dos bezerros estão em movimento de queda consecutiva desde o começo de 2022.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado de maiores investimentos em tecnologias por parte de pecuaristas, do aumento de produtividade e, sobretudo, da redução no abate de matrizes.
Além disso, a chegada do período de desmama reforça a queda nos preços. Considerando-se as médias mensais deflacionadas, no acumulado da parcial deste ano, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (Nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) recuou 21%, passando para R$ 2.490,17 na parcial de junho (até o dia 7).
Em junho de 2021, o animal foi negociado a R$ 3.328,73, em termos reais. Ou seja, em um ano, a desvalorização do animal é de expressivos 25,2%. Todos os valores médios mensais foram deflacionados pelo IGP-DI de maio/22.
Artigo completo e link para relatório ABIEC em: https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/preco-do-bezerro-cai-252-no-brasil-em-um-ano/
2. Novidades CRV
A CRV busca cada vez mais garantir a melhor genética ao pecuarista, por isso, procura sempre por novidades para sua bateria de reprodutores. Na edição desta semana, o destaque de touros disponibilizados no IFert fica por conta dos reprodutores, CARTUCHO AJ, CFM GUINESS e CFM HEROI que você confere a seguir:
CARTUCHO AJ, acesse em nossa loja: https://loja.crvbrasil.com.br/semen/touros-de-corte-zebu/nelore/cartucho-aj-nelore
Touro de linhagem AJ e IZ, Cartucho AJ é indicado para sistemas semi-extensivos. É da safra de 2018 da Agropecuária Jacarezinho, filho de Kikone FST em vaca CFM Maragato. Carcaça com muita musculatura e biotipo precoce para quem busca produzir animais de alto desempenho no ganho de peso, além disso, tem linha de dorso muito forte, que se traduz em rendimento de carcaça.
CFM GUINESS, acesse em nossa loja: https://loja.crvbrasil.com.br/semen/touros-de-corte-zebu/nelore/cfm-guiness-nelore
Touro de linhagem CFM, CFM Guiness é indicado para sistemas semi-extensivos. Foi selecionado dentre os touros do Mega Leilão 2020, por apresentar um pedigree interessante para o mercado CEIP. Nas avaliações genéticas, CFM Guiness é destaque para peso a desmama e sobreano, produzindo bezerros e garrotes pesados, encurtando o ciclo. Suas filhas serão fêmeas com alta probabilidade de emprenhar precoce, além disso serão boas de habilidade maternal, indicado para plantel.
CFM HERÓI, acesse em nossa loja: https://loja.crvbrasil.com.br/semen/touros-de-corte-zebu/nelore/cfm-heroi-nelore
Touro de linhagem CFM e AJ, CFM Herói é indicado para sistemas semi-extensivos. É filho de CFM Astro, que está entre os líderes do Sumário CFM 2020/2021, em vaca CFM Trunfo com LNBM1312. Apresenta carcaça com muita musculatura e biotipo precoce, corroborando com suas avaliações genéticas. É indicado para quem busca animais com alto desempenho em ganho de peso e que deixe fêmeas para a reposição de matrizes.
3. Conteúdo Técnico
Eficiência Reprodutiva
A eficiência reprodutiva na pecuária de corte é um ponto chave para o sucesso da atividade, pois trabalhamos com a exploração de uma espécie que apresenta ciclo reprodutivo longo e que produz um descendente a cada parto.
Assim, estamos sempre atrás de bons índices reprodutivos, em anos sucessivos, com o intuito de aumentar o número de bezerros produzidos e assim melhorar a produtividade dessa atividade. Independente dos parâmetros medidos e avaliados, a busca pela eficiência no processo reprodutivo é um objetivo determinante para a viabilidade econômica da pecuária de corte.
Então, é imprescindível estar atento aos requisitos básicos que são os pilares de um bom programa reprodutivo. A boa performance reprodutiva depende inicialmente de condições básicas, que em conjunto, permitem se atingir bons resultados durante a vida reprodutiva tanto nos machos quanto nas fêmeas.
Para uma cria eficiente, portanto, precisamos de:
✓ vacas com boa adaptação ao ambiente,
✓ tamanho de pequeno a médio porte (menores custos de mantença),
✓ fertilidade,
✓ habilidade materna e
✓ longevidade produtiva, que pode ser avaliada pela qualidade e quantidade de bezerros desmamados ao longo da vida útil da vaca.
Para isto, a meta deve ser a obtenção de um bom bezerro por vaca por ano! É preciso, no entanto, que se tenha uma ideia mais completa do sistema de produção, uma vez que estes bezerros(as) serão os futuros boi gordo e fêmea de reposição. Para o alcance desta meta é preciso trabalhar, simultaneamente, dois componentes muito importantes: vacas de cria e touros.
A fertilidade do rebanho, de um modo geral, é a característica mais importante do sistema. Mais importante do que as características de pesos e ganhos de peso bem às ligadas ao produto. Afinal, o que determina o lucro do sistema é a quantidade de animais que teremos para venda e para a reposição dos animais descartados da reprodução, por idade, improdutivos ou por algum problema adquirido.
A eficiência reprodutiva depende muito mais de melhorias no meio ambiente (cuidados de nutrição, saúde e manejo) do que diretamente de genética e melhoramento, pois as características ligadas à reprodução são de baixa herdabilidade. Assim, para se garantir bons resultados com relação à reprodução, é preciso conhecer bem as vacas e os touros que serão utilizados para a reprodução, o que pode ser feito a partir da identificação individual destes animais e uma boa coleta de dados e avaliação do desempenho destes.
O passo seguinte é estabelecer uma estação de monta ou estação para a realização dos acasalamentos. Dois pontos importantes devem ser considerados para a definição de uma estação de monta: época do ano e duração da estação. A monta deve ser feita quando as vacas estiverem em boas condições corporais. Isto ocorre quando se dispõe de pastagens em quantidade e qualidade, o que coincide com a estação chuvosa, de outubro a março, como ocorre no Centro Oeste do Brasil. Esta estação, no entanto, não deve ser boa apenas para as vacas. É preciso considerar também a época em que os bezerros vão nascer. Cuidar de bezerros recém-nascidos em período muito chuvoso é complicado. Com relação à duração, quanto mais curta, melhor. No entanto, esta decisão depende muito do número e da condição corporal das vacas na propriedade.
Sobre os métodos de reprodução amplamente utilizados na pecuária de corte temos a monta natural e a inseminação artifical. No caso da monta por touro, os produtores que manejam os touros na vacada durante todo o ano, devem iniciar com uma estação de monta de seis meses (outubro a março). Sua redução deve ser gradativa, para que não haja prejuízo na produção de bezerros. Já no segundo ano, ela pode cair para quatro meses (novembro a fevereiro); e depois partir definitivamente, para três meses (nov/dez a jan/fev). O uso da EM evita o desgaste dos touros (poupados em épocas que há escassez de pastagem).
Para quem já tem estação de monta estabelecida, o ideal é poder contar com a ajuda de técnico para que realize uma avaliação das vacas e touros, retirando-se do rebanho animais com problemas de fertilidade e/ou com defeitos adquiridos ao longo do ano. Sendo tomadas estas providências, daí por diante o que vai definir o sucesso do empreendimento será a qualidade dos touros utilizados.
Precisamos lembrar que 1 touro vários bezerros; 1 fêmea, média 6 bezerros; Assim vemos que a pressão de seleção é maior nos touros, pois são eles que vão produzir os animais de produção de carne mas também os animais que serão usados na reposição do rebanho.
Atenção à relação touro: vaca em monta natural, o aumento do número de vacas por touro pode minimizar os custos da reposição anual de touros. No entanto, para o aumento da intensificação do uso dos touros, devem ser levados em conta alguns pontos, como tamanho, relevo e limpeza dos pastos, condição nutricional dos animais, duração da estação de monta e raça do touro.
O uso da inseminação artificial tem crescido cada vez mais no Brasil, em 2021 cerca de 22,2% do rebanho de corte foi inseminado. Dentre as vantagens dessa técnica estão:
✓ MG rápido e eficiente, proporcionando aumento da produtividade a cada geração;
✓ Possibilita cruzamento entre raças;
✓ Uso de touros provados superiores;
✓ Controle de doenças transmissíveis por monta natural;
✓ Uso de touros com problemas para montar ou que já morreram;
✓ Aumento no número de descendentes por reprodutor;
✓ Padronização do rebanho, facilitando comercialização dos lotes;
✓ Melhor controle zootécnico do rebanho.
No caso específico da IATF:
✓ Elimina detecção de cio constante;
✓ Possibilita programar inseminações em curto período;
✓ Concentra retorno ao cio após primeira inseminação, facilita diagnóstico de cio no repasse;
✓ Possibilita concentrar taxa prenhez no início da EM;
✓ Concentra mão de obra.
Com o uso dessa tecnologia, tem-se observado um ótimo custo x benefício. O custo é de no máximo 1 ou 2% do custo total da produção; e a genética é um insumo permanente, o que for conquistado ao longo das gerações não se perde.
Com o uso adequado de animais superiores é possível obter resultados no aumento da produção e na redução de custos, aliando precocidade, fertilidade, eficiência alimentar e resistência a doenças.
Concluindo, a estação de monta é um processo que proporciona muitos ganhos na fazenda, seja na organização dos manejos, uniformização dos lotes de bezerros, aumento na taxa de prenhez e de desmama e descanso aos touros em épocas de pior qualidade de pastagens. Já sobre o manejo reprodutivo adotado, seja na monta natural ou na inseminação artificial, devemos nos atentar sempre a qualidade dos animais que serão usados na reprodução (machos e fêmeas), realizar o controle correto das informações pertinentes ao processo e consequentemente avaliar os indicadores reprodutivos para a gestão do rebanho.
Juliana Varchaki Portes - Analista técnica de Serviços – CRV, Zootecnista (UFPR), Dra. em melhoramento genético animal (UFRGS).