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30/03/2022

Vet News 29 de Março, 2022

Vet News 29 de Março, 2022

 

 1. Boi: câmbio e escalas de abate avançadas começam a pressionar preços, diz Safras

O mercado físico de boi registrou preços de estáveis a mais baixos nesta sexta-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a valorização cambial altera completamente a dinâmica do mercado físico do boi gordo.

“Os frigoríficos ensaiam movimento de pressão de baixa mais agressiva. A tendência é que em caso de continuidade do processo de fortalecimento do real haverá intensificação desse movimento, uma vez que com o real valorizado a conta da exportação se torna menos atraente para os frigoríficos, obrigando a mudar as estratégias na compra de gado. Além disso, em grande parte do país as escalas de abate estão confortáveis, atendendo entre cinco e sete dias úteis em média”, assinalou Iglesias.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 339 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 316. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 320 para a arroba do boi gordo.

Atacado: No mercado atacadista, o dia foi de preços inalterados. O ambiente de negócios ainda sugere por alguma queda dos preços no curto prazo, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Além disso, a demanda doméstica segue direcionada para as proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos ovos”, disse Iglesias.

O quarto traseiro ainda foi precificado a R$ 24,00 por quilo. O quarto dianteiro seguiu com

 preço de R$ 16 por quilo. A ponta de agulha permaneceu no patamar de R$ 15,50 por quilo

Artigo completo em: https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/boi-cambio-e-escalas-de-abate-avancadas-comecam-a-pressionar-precos-diz-safras/

 

 2. Agrishow volta a ser realizada após dois anos, com projeção de faturamento recorde

A Agrishow de 2022, a primeira desde 2019, deve ter novidades, lançamentos e pode bater recordes, de acordo com executivos que concederam, nesta sexta-feira, 25, entrevista coletiva sobre o evento, que foi suspenso nos últimos três anos por causa da pandemia. “Durante três anos, o agronegócio não parou e as fábricas também não”, afirmou o presidente da Agrishow, Francisco Matturro. “O desenvolvimento de produtos continuou e o agro seguiu demandando, então a feira deve ter grandes novidades e lançamentos extraordinários.”

O presidente de honra do evento, Maurílio Biagi, afirmou: “Arrisco que a feira vai faturar acima de R$ 6 bilhões este ano. Tomara.” Biagi explicou o raciocínio. “Só corrigindo pela inflação os R$ 2,9 bilhões arrecadados na última feira em 2019, chegamos a R$ 3,8 bilhões a R$ 4 bilhões. E existe uma demanda reprimida, ficamos três anos sem feira, há entusiasmo até psicológico, o visitante pode comprar mais do que desejava.”

O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), afirmou que nas edições anteriores o público visitante da feira chegou a 150 mil pessoas, que injetaram cerca de R$ 40 milhões na economia da cidade. “O evento é espetacular do ponto de vista das engrenagens que vão

desencadeando e gerando vinda de recursos a Ribeirão Preto e ao entorno.” O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), afirmou que nas edições anteriores o público visitante da feira chegou a 150 mil pessoas, que injetaram cerca de R$ 40 milhões na economia da cidade. “O evento é espetacular do ponto de vista das engrenagens que vão desencadeando e gerando vinda de recursos a Ribeirão Preto e ao entorno.”

O presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, afirmou que este ano já esteve presente em feiras menores, como a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), e que elas tiveram resultados acima da expectativa. “E agora teremos a Agrishow, que é a mãe de todas as feiras e vai valer por três.”

A Agrishow 2022 ocorrerá em Ribeirão Preto (SP), entre os dias 25 e 29 de abril. São esperadas 800 marcas e mais de 150 mil visitantes. Ainda segundo a organização do evento, a feira deve gerar cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.

Artigo completo em: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/agri show-volta-a-ser-realizada-apos-dois-anos-com-projecao-de-faturamento-recorde/

 

3. Conteúdo Técnico

Monitoramento do tamanho adulto em vacas de corte

Em busca da maximização da eficiência dos diferentes sistemas de produção, deve-se adequar o biotipo dos animais produzidos para conseguir atender suas necessidades nutricionais e assim obter melhor desempenho produtivo.

Ao longo dos anos, a seleção com base em características de crescimento como pesos e ganhos de peso resultou em fêmeas de maior porte que produzem bezerros de maior tamanho, porém, mesmo essas fêmeas trazendo maior receita na balança quando descartadas, não implica necessariamente em melhor desempenho do sistema produtivo uma vez que além do tamanho também aumentam-se as exigências nutricionais destes animais ao longo de sua vida produtiva, e, consequentemente, alterações no custo de mantença, taxa de maturidade, eficiência reprodutiva e econômica do rebanho.

O equilíbrio entre os requerimentos da vaca para mantença, reprodução e do bezerro na lactação deve ser obtido para maximizar a produtividade do rebanho, pois sabe-se que a pirâmide da prioridade energética da fêmea é sua sobrevivência (mantença) e depois a reprodução. Com isso, a escolha correta de características como critérios de seleção e utilização de índices de seleção pode ser uma estratégia na bovinocultura de corte, ponderando-se maiores taxas de crescimento e menor peso adulto, controlando assim gastos com alimentação devido à energia requerida pelos animais e mantendo o nível de produtividade.

A decisão de usar uma característica como critério de seleção depende da sua importância econômica, do potencial para se obter ganho genético e dos custos de medição. As características de fácil mensuração a campo, que apresentam coeficientes de herdabilidade (h²) de moderado a alto, como o peso corporal (h² = 0,22 a 0,52), por exemplo, são frequentemente utilizadas, pois resultam em ganhos genéticos expressivos ao longo das gerações.

O crescimento pode ser avaliado pelo peso do animal mensurado várias vezes ao longo da vida, permitindo a análise conjunta destas informações, para descrever a curva de crescimento genética do animal e estimar as diferenças esperadas na progênie (DEP’s) para qualquer momento, mesmo em idades nas quais o animal não tenha sido mensurado.

Através destas análises, para características de crescimento do nascimento à idade adulta, é possível observar onde há maior variação e, portanto, em qual momento a seleção será mais eficiente, identificando, dessa forma, animais que apresentem menor peso ao nascer, mas que atinjam rapidamente valores superiores de peso ao sobreano, obtendo-se assim animais mais precoces e com tamanho adulto em torno da média. Com isso, além de diminuir problemas com partos distócicos, devido ao peso elevado do bezerro ao nascer, aumenta-se a produtividade e reduz-se os custos de mantença das vacas.

Estudos relatam que a característica mais fortemente correlacionada geneticamente (rg) com o peso adulto é o peso ao sobreano (rg = 0,49 a 0,63), já utilizado como critério de seleção, portanto, índices de seleção, que incluem diferentes características de importância econômica no rebanho, devem ser calculados para incrementar o peso ao sobreano, mantendo constante o peso da vaca.

A altura de garupa é outra característica que poderia ser considerada como critério de seleção para o controle do tamanho dos animais, pois a mensuração é simples e apresenta menores variações de ambiente (como efeitos de nutrição, por exemplo), revelando mais adequadamente o tamanho corporal quando comparada à medida de peso vivo do animal, além de apresentar alta herdabilidade (h² = 0,48 a 0,77) em diferentes idades, porém não é comumente registrada nas fichas de controle zootécnico das fazendas.

Como a resposta à seleção direta para os pesos do nascimento à idade adulta e a altura dos animais, em função da variabilidade genética é evidente, o peso adulto das vacas deve ser monitorado à campo (na entrada da estação de monta ou na desmama, por exemplo) e avaliado em conjunto com o objetivo de melhoramento do rebanho no momento da escolha dos reprodutores, a fim de melhorar a eficiência do processo de seleção.

Autora: Juliana Varchaki Portes. Analista técnica de Serviços – Customer Care – CRV. Zootecnista (UFPR), Dra. em melhoramento genético animal (UFRGS).